terça-feira, 4 de janeiro de 2011

De novo ano novo

Certa de que as convicções imperarão até janeiro que vem deposito ao universo toda minha carga de sonhos e pequenas vontades. Não vou cobrar dele as vontades de médio porte que lhe solicitei há doze meses. Talvez ele não tenha culpa desse delimitado tempo para novas conquistas que costumamos nos submeter.
E nesse nosso próprio limite temos o fácil vício de nos distrair e deixar amornar alguns sonhos e objetivos que só serão relembrados quando o calendário nos forçar a isso. Brinde. Queima de fogos. Respiramos e começamos de novo. De novo. E de novo...
Renovar as energias e se abastecer de novas esperanças somente a cada doze meses me parece um tanto torturante. Empurrar com a barriga até dezembro metas que podiam ser batalhadas para serem vencidas amanhã me soa num tom de covardia e preguiça. Se encher de empenho, boa vontade e fé nos primeiros dias do ano enquanto há possibilidade de renovar as energias a cada mês, semana ou dia.
Meus sonhos são para amanhã e o que não foi conquistado em doze meses continuará sendo trabalhado em lutas incessantes enquanto a eternidade me permitir.
Certa de que as convicções imperarão a cada novo amanhecer deposito ao universo toda minha carga de sonhos e pequenas vontades.

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