domingo, 31 de maio de 2009

[da mais amada caçula]

Pronto, sairemos, daremos as mãos e caminharemos. PRONTO.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

[das confissões de uma amiga]

- Ai, Kety...sabe uma coisa que está acontecendo comigo e está me deixando preocupada?
- O que, ?
- Estou me apaixonando pelo meu namorado.
- Puts!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

[da moça nova da van, Flávia]

Se o capital fosse palavras, VOCÊ seria o investimento mais seguro e rentável do mercado...Você capta o som e transcorre palavras...Lembra? Portanto uma hora a crise passa e os negócios voltam ao normal... e então você volte a falar... e falar... fique bem.

Dos vícios

Falo e amo falar
É mais forte que eu
Já tentei um auto-tratamento mas recaí
Falo: Eu amo falar
Falam: Não diga!

Vivo das palavras que habitam minha língua
Me divirto com elas mesmo quando a fala não sai
Engulo a fala pra só pensar
E penso tanto que penso alto, logo, falo
Falo baixo quando lembro das minhas amigas cordas vocais
Falo bem, mal e mau
Falo pelos cotovelos
Pelos olhos
Falo, falo , falo
Tanto que me calo
Mas sei que não dura muito
Meu amor pelas palavras fala mais alto
Enquanto vou reconstruindo a fala
Apreciem o silêncio.

domingo, 24 de maio de 2009

[da garotinha de uns cinco anos (que eu nunca vi na vida) que brincava em seu prédio]

- Acho que sua mãe tá chegando, Pedro!
- Ah é, como você sabe?
- Sabendo, ué...intelectação feminina!

A caminho do teatro num sábado amargo, eu ri.

Pra você



Lembra, Gui... você na fila pra coletiva de imprensa do Teatro Mágico?
Aliás, eu na fila e você tentando furar
Seus amigos falando da minha tatuagem só pra puxar assunto e pegar um lugarzinho junto
Tudo começou ali
Você era o que mais me fazia rir
(e que bom que tivemos muitas outras depois)

Eu pensava " como ele é doido, só podia ser de Publicidade e Propaganda"
Lembra que eu pedia silêncio porque eu estava com medo de ser expulsa de lá junto com vocês?
Nossa foto desse dia é meu maior tesouro
Todas as vezes que te encontrava no bar (deveria ser dentro da faculdade, mas enfim) eu tinha certeza que riria com qualquer coisa que fosse sair da sua boca
Não tinha como te encontrar e não te abraçar (o melhor abraço)
E agora o que fica?
Fica a saudade de um amigo divertidíssimo
Fica o som da sua vóz meiga
A sensação boa de rir com você
De rir de você me pedindo um beijo
O seu biquinho insistente...
Fica a nossa última cena
Eu conversando com o Hippie na praça enquanto ele me fazia um anel que, segundo ele, me traria sorte
Você descendo e eu gritando "Guiii, meuu amooor"
Você me abraçando e num diálogo rápido nos despedimos com um "até mais"
Foi o abraço mais apertado, mais silencioso
Dois dias depois podemos entender o silêncio
Eu sei que você só queria me mostrar que vamos ficar um tempo sem nos ver, sem nos falar
Porque como Milton já dizia "Qualquer dia amigo eu volto a te encontrar"
E sei que enquanto isso não acontecer, a saudade vai ser imensa

E sei também que sou abençoada de ter te conhecido em vida
"Mas essa vida é passageira
Chorar eu sei que é besteira
Mas, meu amigo, não dá pra segurar"

(essa música insiste)

É Gui, não da pra segurar
Sentirei sua falta!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Do pingo fez-se o riso

Na mudança de hábito, a mais simples
Vi a diferença do novo
O que era ao lado fica a frente

O que era canto fica colado
O que era costa virou meu reflexo
Nos pés, a cabeça
Nos cabeça, os pés e a porta
A lua que enxergava ainda vive
Vive misturada na luz refletida do espelho embaçado

Gosto da mudança
De sair da rotina
Quem sabe dormindo errado
Sonho certo, sonho bem sonhando?

(Tudo fora do lugar, ao acordar se sentirá perdida)

domingo, 17 de maio de 2009

[de um amigo]
Por que você não é normal, heim?

Nenhuma novidade

Veio na cabeça tudo que queria escrever
Na ponta da língua o que não consegue falar

Se colocam em papel e caneta o que pensa sobre o que sente e sua ausência por palavras
Deveria escrever a ideia, mas se limita à crítica de sua inspiração e a falta da mesma
Veio na mente coisas distintas
Cheiros, músicas, lugares e sabores
Correlacionadas num entrelaçar parecido com saudade
Veio na boca a vontade

Do grito, do beijo, do canto
Se misturam à pensamentos, tinta e papel
Num emaranhado parecido com sentir

sábado, 9 de maio de 2009

Da saudade


Tentando definir o que é saudade chego a conclusão que pouco sei sobre ela
Achava que sabia mais e que sentia menos
Não sei quem a inventou e nem como amenizá-la
Não sei como pode ser tão extrema e distinta
Pensava que era controlável e não sabia que chegava a ser doce
Não imaginava que sua composição poderia ser a mais variada entre o passado e o desconhecido
E em sábado chuvoso minha saudade se supriu em filmes bonitinhos e chá
Os filmes acabaram e com eles o chá, e o telefone não tocou
Por um momento então, nada mais se supriu

Deu saudade dos amigos e das risadas compartilhadas
Saudade do irmão que mora longe
Logo, no almoço de Dia das Mães, ninguém mais que a minha vai sentir isso que eu tento definir
Mamãe ficará com os olhos marejados quando falar o texto costumeiro: "Só falta o Duda"
(ela sim sabe o que é sentir saudade)

E na mistura de saudosas lembranças surge a saudade do que ainda não se sente
Antecipo-me em sentir e descubro que não podia sentir tanto
Como isso pode acontecer?
Talvez seja vontade de viver o tão sonhado futuro, o qual me faz batalhar incansavelmente

A saudade do desconhecido me faz correr além do que eu acredito
Me torna plena, única

E isso da saudade porque sei a intensidade que será vivida
Rompe a barreira do "só sonhar" e se torna certeza pelo tamanho querer.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A nova

É quando tudo que enxerga se indaga em um pensamento constante
É quando o que lhe falta, se torna inteiro pelo simples fato de sonhá-las
Pelo que se vê, se sente, se busca...
Cresce a vontade de transbordar em palavras o que a mente não cala

Mostro aqui, os momentos vagos do que chamam sentir
Extraídos das linhas, entrelinhas, bordas e rascunhos o que a caneta interpretou dentro de algum segundo corriqueiro.