sábado, 9 de maio de 2009

Da saudade


Tentando definir o que é saudade chego a conclusão que pouco sei sobre ela
Achava que sabia mais e que sentia menos
Não sei quem a inventou e nem como amenizá-la
Não sei como pode ser tão extrema e distinta
Pensava que era controlável e não sabia que chegava a ser doce
Não imaginava que sua composição poderia ser a mais variada entre o passado e o desconhecido
E em sábado chuvoso minha saudade se supriu em filmes bonitinhos e chá
Os filmes acabaram e com eles o chá, e o telefone não tocou
Por um momento então, nada mais se supriu

Deu saudade dos amigos e das risadas compartilhadas
Saudade do irmão que mora longe
Logo, no almoço de Dia das Mães, ninguém mais que a minha vai sentir isso que eu tento definir
Mamãe ficará com os olhos marejados quando falar o texto costumeiro: "Só falta o Duda"
(ela sim sabe o que é sentir saudade)

E na mistura de saudosas lembranças surge a saudade do que ainda não se sente
Antecipo-me em sentir e descubro que não podia sentir tanto
Como isso pode acontecer?
Talvez seja vontade de viver o tão sonhado futuro, o qual me faz batalhar incansavelmente

A saudade do desconhecido me faz correr além do que eu acredito
Me torna plena, única

E isso da saudade porque sei a intensidade que será vivida
Rompe a barreira do "só sonhar" e se torna certeza pelo tamanho querer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário