sexta-feira, 23 de julho de 2010

Do meu diário de bordo feito pelo papai III

Papai escreveu assim...

- Dia 29/01/89, domingo, às 13:15h, comecei chamar meu papai pela primeira vez. Foi só "Pa-Pa";
- Dia 29/01/89, domigo, papai encontrou meu primeiro dentinho;
- Dia 04/02/89, às 23:23h, vou conhecer meu avô. E também será a primeira vez que viajo de trem;
- Dia 14/02/89, vou pela primeira vez à Carlópolis. Embarcarei às 16:20h para conhecer meus tios e primos;
- Dia 14/02/89, às 15:30h, tomei meu primeiro banho na represa junto de papai, mamãe e meus irmãos;
- Dia 23/02/89, às 12:50h, levei meu primeiro tombo, foi da cama da mamãe;
- Dia 19/02/89, às 15:20h, pela primeira vez tomei banho de piscina junto de meus irmãos;
- Dia 25/02/89, às 15h, comecei a fazer funguinha pela primeira vez.


Nota: - Carlópolis é uma cidade do Paraná;
- Funguinha é uma caretinha fofa que todo bebê faz e todo adulto acha lindo.
MODO DE FAZER: Faça um bico de beijo, bicão. Franza o nariz e faça respiração cachorrinho com charme. Pronto! Está feita sua funguinha.


continua...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Do meu diário de bordo feito pelo papai II

Papai escreveu assim...

- Dia 24/09/88, sábado, eu fui e participei da minha primeira festa no bairro do Éden, festa da primavera;
- Dia 02/11/88 às 07h, minha primeira viagem. Fui para São Paulo na Sede Central Da Igreja Messiânica, culto de alma dos antepassados. Junto com papai e mamãe;
- Dia 11/11/88 às 11:45h, eu tomei minha primeira sopinha. Pão, café e leite dado pela mamãe;
- Minha primeira malvadeza foi no dia 08/01/89 às 21:08h. Mamãe tirou toda minha roupa para me dar banho e me colocou de pé em cima do sofá. Foi quando eu aprontei a minha: Fiz xixi em pé e molhei todo sofá. Papai e meus irmãos choraram de tanto rir.
- Dia 15/01/89, domingo, às 20h, no pronunciamento do Presidente Sarney, eu peguei meu primeiro resfriado.


continua...






quarta-feira, 14 de julho de 2010

Do meu diário de bordo feito pelo papai

Lendo um blog dedicado a um bebê feito por seus pais, uma espécie de diário de bordo, me deliciei em imaginar o encantamento que essa criança terá quando não for mais criança. Ler detalhes de sua infância observados e cuidadosamente dissertados por aqueles que lhe amarão por toda eternidade. Sei que será mágico, pois provo desse sabor cada vez que leio o meu diário de bordo que papai fez pra mim nos meus primeiros anos de vida.

E ao ler esse blog que mencionei há pouco, me lembrei que há tempos não lia o que eu fui até os meus dois anos. Procurei no meio de tantos livros na estante da sala, aquela agenda de capa de couro marrom de 1987, a qual continha anotações preciosas, não por falarem de mim, mas por terem sido anotadas por meu pai que é O Pai. Tudo em primeira pessoa pra ser “mais meu” que de ninguém. Foi só até meus dois anos e meio. De repente porque papai sabia que, a partir daí, minha própria memória se encarregaria de guardar meus melhores momentos, antes disso, quase impossível. Digo quase, porque me recordo de um fato acorrido quando eu tinha apenas dois anos recém completo. Eu juro que é verdade, embora ninguém acredite, mas essa história fica pra um próximo post.

Ao reler meu diário, me surpreendi com as duas últimas atualizações que eu desconhecia. Não me recordo de ter ficado tanto tempo sem ler minha história à tinta naquelas páginas amarelas.

Um amado amigo meu disse por aí: “Quer ser eterno? Escreva tua história a tinta.” (Gigante pra muitos, Lê pra mim).

Papai começou minha história por mim e, ainda hoje, quase tudo que penso, escrevo e rabisco passa por papel e caneta mesmo que depois eu tenha que digitalizar como aconteceu com esse post. E aproveitando que estou prestes a completar 22 anos no dia 22 (adoraria contratar Catch 22 pra tocar no dia, mas isso sim seria impossível), compartilharei alguns trechos do que papai achou digno anotar há quase vinte e dois anos atrás, respeitando a cor de tinta que ele escolheu pra me tornar eterna.


Papai escreveu assim...


"Nasci no dia 22 de julho de 1988. Lua quarto crescente. Hospital Santa Casa-Sorocaba. Quarto 27, leito nº7. Hora: 04:30. Peso: 3,270.

- Às 10:40h, senti no meu rosto os primeiros raios de sol nos braços do meu pai, no dia 23;

- Às 11:05h, cheguei em minha casa. Vim no carro do nosso vizinho Zico. É uma Brasília vermelha, placa ZN 7482;

- Às 11:35h, recebi meu primeiro johrei ministrado pelo meu pai;

- Às 12:05h, deitei pela primeira vez em meu berço;

- Às 13:07h, tomei e experimentei pela primeira vez o gostinho da água;

- Dia 25/07/88 às 14:02h, tomei meu primeiro banho em casa. Quem me lavou foi a mamãe e o papai;

- Dia 30/07/88 às 15h, fiz o meu primeiro passeio. Fui até a Igreja Messiânica.

- Dia 31/07/88 às 14h, caiu meu coto umbilical."



Nota: - A pessoa que me registrou teve a capacidade de escrever 22 de agosto na certidão, mas nasci em julho mesmo. Comemoro por um mês inteiro;

- Já nasci magrelinha;

- Demoraram dois dias pra darem meu primeiro banho?!?!



continua...





quarta-feira, 7 de julho de 2010

Da nova peça

O ator Dramático faz da criatividade o elevador do ego da atriz aqui...
E Ela Se Acha.
Igreja, benzedeira e cinema...
Só pra evitar uma DR em 3D
Igreja, benzedeira, cinema e ensaio...
Só pra garantir os fatos.

Prático
Insistente
Persistente
Pertinente não

Vem aí o criativo: Dramático e Ela Se Acha

(sem # pra não ficar manjado)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Da volta

De meios inesperados surgem aqueles sabores mágicos
Seja de só relembrar os fatos e rir dos mesmos
Ou de desejar que eles nunca tivessem sido guardados
Sensação engraçada... como o dia que ganhei minha primeira camisa do Palmeiras
Ou quando ganhei, não a primeira, mas a mais fofa "cartinha".


"Dizer que estou com saudade já se tornou pleonasmo..."
(me pediu um dos trechos, esse é o que eu mais gostava... ou gosto).