sábado, 21 de novembro de 2009

Do terror vivido no feriado

Pânico total!
Uma barata voadora no quarto. Um pulo magnífico da cadeira.
A maior velocidade até a porta.
Enquanto minha mão ia em busca de minha cabeça, pude virar e olhar na parede onde a barata havia pousado.
Em câmera lenta, no exato momento em que meus dedos pousavam em meus cabelos meus olhos encontraram a parede. Só a parede!
Cadê a barata?
Agora sim pânico. Agora sim velocidade.
O corredor até a sala mais parecia uma maratona. Corri mais que minhas próprias pernas.
Entre berros e ataques epléticos na sala, minha mãe entendeu minha quase morte enquanto espatifava meus cabelos.
Ótima mãe, me socorreu com o chinelo aos berros.
Mas nada me acalmava. Nada me fazia parar de me estribuchar no sofá com gritos de pavor.
Cadê a barata?
Berros. Chineladas na cabeça.
Tentei respirar enquanto meu corpo tremia.
Cheguei a sentir dor no coração.
Nada da barata. Desespero. Início de uma lágrima.
Início do riso de minha mãe. Achou a barata.
Um tic-tac que prendia minha franja.
Havia me esquecido da presilha em minha cabeça.
Cadê a barata?
Já estava morta no quarto pelo meu irmão.

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