domingo, 18 de outubro de 2009

O ali, aqui

Há meia hora para um filme que eu nem queria ver, penso no que poderia fazer para passar o tempo, já que as lojas e seus manequins não mais me prendem a atenção.
Sento, então, em um dos sofás e me submeto a presenciar as mais diversas cenas do cotidiano comuns ao meus. Tenho a ideia de escrever. O único papel: "este" (antes de digitalizadas as palavras).
Escrevo bobeiras sobre palavras já existentes, sinopses e horários. E sei que o desafio maior será (realmente está sendo) ler tudo que pensei em meio a centenas de letras já existentes meia hora antes do pão de queijo com chá gelado.
Tudo isso pra cumprir a vontade de ir ao cinema comigo mesma.
(acabo de me lembrar que havia um papel em branco na bolsa, o mesmo que contém, no verso, vestidos imaginados transformados em rabiscos numa possível tentativa de passar o tempo vez outra)
Volto a focar meu motivo de estar aqui. De repente por achar que me concentro melhor sozinha do que acompanhada. Minha companhia sendo eu mesma, pensa junto comigo. Igual. No meu tempo.
Se existia tempo no dia, por que não aproveitá-lo?
E mesmo sozinha me sinto bem em olhar os casais por todos os lados, sorrindo (sim! Algumas novelas funcionam)
Enquanto mãos dadas me esbarram meu beijo é com o canudo num gole de chá gelado. E rio de mim mesma.
E meu tempo acaba juntamente com o espaço escolhido para tantas bobeiras pensantes.
O filme? O que eu menos queria ver, mas o único que me evitará encontros e desconfortos na hora de ir embora pra casa.

(Tudo isso, depois de uma bela tarde de encantamentos previstos)

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