quarta-feira, 24 de junho de 2009

Dos motivos

Por onde eu começo?
Onde, afinal, tudo começa?
De dentro pra fora quando sem permissão me invade e transborda
Se ilustram nas letras mal colocadas
Nas palavras repetidas
De dentro, das inquietações
Do riso que contém meu bom e velho humor

Da ansiedade que me mantém sonhada ao acordar
Da certeza que me deixa dormir segura sem dúvidas sobre próximas manhãs
Começa no que eu tento expor além de mim
De fora pra dentro quando por descuido me invade e se guarda
Se acomodam nas entrelinhas mal situadas
Nas vontades repetidas
De fora, dos experimentos
Da lágrima que eu não me permito mostrar
Da novidade que me mantém acordada após sonhar
Da incerteza que não me deixa fechar os olhos mesmo quando me obrigo dormir
Começa no que eu tento privar de mim mesma.
Das coisas que brotam
Das coisas que cultivo

E agora termino por onde?



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